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05.06.2025

Como investir em ações? Comprar ações passo-a-passo em 2025

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O investimento em ações é uma das formas mais conhecidas de expandir o património ao longo do tempo. Warren Buffett, um dos investidores mais respeitados, adota uma estratégia de investimento de longo prazo que inspira milhares de pessoas em todo o mundo.

Se estás a começar a investir, é normal ter dúvidas: por onde se começa? O que é preciso saber antes de comprar uma ação? Qual a corretora a selecionar? Que erros deves evitar? 

Neste artigo, encontras um guia passo-a-passo para aprenderes como comprar ações, desde a escolha de uma corretora até à realização da tua primeira compra. 

O que são ações e como funcionam?

Quando compras uma ação, estás a adquirir uma parte do capital de uma empresa, ou seja, tornas-te um dos seus donos. Se, por exemplo, comprares um ETF com 500 empresas (como o S&P 500), tu és dono de 500 empresas.

O processo funciona da seguinte forma: 

  1. As organizações precisam de angariar capital para investirem, abaterem dívida, crescer,... 
  2. Em troca, os investidores (acionistas) esperam ter retorno, seja através da valorização das ações e/ou do pagamento de dividendos.

Como acionista numa empresa cotada em Bolsa, tens os seguintes direitos:

  • Receber parte dos lucros (dividendos), se forem distribuídos;
  • Votar em decisões importantes da empresa (em assembleias de acionistas);
  • Vender as tuas ações a qualquer momento no mercado.

No entanto, também assumes riscos: se a empresa apresentar maus resultados, o valor das tuas ações poderá cair.

O que precisas antes de começar a investir

Antes de investir, é importante que percebas certos conceitos financeiros básicos, entre os quais se destaca o seguinte: 

Risco vs rentabilidade

O que é o risco e a rentabilidade? São faces da mesma moeda, mas muitas vezes não olhados como tal. Pensar na rentabilidade esperada sem ter em conta o risco associado, pode levar a resultados desagradáveis para a tua carteira.

O investimento em empresas individuais é um tipo de investimento mais arriscado do que investir num cabaz de ações. A razão prende-se com um elevado risco específico (também conhecido por risco idiossincrático). Por outras palavras, o risco inerente a uma empresa em particular. Se Elon Musk, o fundador da Tesla, morre atropelado, as ações da Tesla poderiam cair a pique. Contudo, se estiveres investido em várias empresas, esse impacto seria altamente minimizado.

Tolerância ao risco

Para além disso, é relevante determinar a tua tolerância ao risco. O teu perfil de investidor vai determinar que tipo de investimentos são mais adequados para ti. Os principais perfis são:

  • Conservador: prefere segurança, mesmo com menor rentabilidade. Pode não estar confortável com a volatilidade das ações.
  • Moderado: aceita algum risco em troca de rendimentos mais atrativos. Pode investir uma parte em ações, equilibrando com ativos mais seguros.
  • Agressivo: está disposto a correr mais riscos para tentar obter maiores lucros. Este perfil aposta mais fortemente em ações.

Ter um fundo de emergência

Uma outra sugestão amplamente difundida é a construção de um fundo de emergência. Este é um conceito importado dos EUA e não se aplica tanto em Portugal dado que o nosso país oferece um maior nível de proteção social. Mesmo assim, adotá-lo será positivo nem que seja por ser um primeiro passo na disciplina de poupar e investir.

Um fundo de emergência deverá cobrir 3 a 6 meses das tuas despesas mensais e estar num produto de liquidez rápida e baixo risco (como uma conta poupança ou fundo do mercado monetário).

Passo-a-passo para comprar ações em 2025

Em primeiro lugar, vais ter de escolher uma corretora de bolsa. Fizemos um artigo completo acerca das melhores corretoras em Portugal. Para este exemplo, vamos utilizar a XTB, uma corretora com sucursal em Portugal e supervisionada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), como podes ler no nosso artigo completo de análise à XTB.

Vamos dar uma ordem de compra de uma ação da Adidas (empresa escolhida aleatoriamente) através da plataforma de negociação web da XTB.

Nota: A XTB não cobra comissões de transação até 100.000€ de volume mensal. Contudo, caso queiras investir em ações americanas, tens uma taxa de conversão de moeda (de euros para dólares e vice-versa) de 0.50% por cada operação.

Passo 1: Procurar por “Adidas”

Depois de te inscreveres e fazer log-in, vais à barra de pesquisa e escreves “Adidas”:

XTB Dashboard

Como vês na imagem, aparecem duas opções. Dado que queres comprar ações reais e sem alavancagem, deves escolher a primeira opção. A segunda opção é um “CFD” que quer dizer “Contract for difference” (Se quiseres perceber melhor esta sigla, consulta este artigo).

Passo 2: Dar uma ordem de compra

Depois de selecionarmos a primeira opção, irá aparecer o seguinte quadro:

XTB Dashboard

Para comprares, apenas tens de clicar no botão verde (“BUY”). Repara que o valor apresentado é de 216,10€ enquanto que no botão “SELL”, o valor é de 215,90€. Esta diferença de 0,20€ tem o nome de spread, que faz parte das receitas da corretora e que afeta o custo real da tua transação. Quanto maior o spread, mais "caro" é entrar ou sair de uma posição.

Para além disso, tens de escolher o número de ações que queres comprar. Na imagem aparece “0.5”. Isto quer dizer que decidimos dar uma ordem de compra de “meia ação” da Adidas. Isto é aquilo a que se chama de ação fracionada - permite investir conforme as tuas possibilidades e não estares restrito pelo valor unitário de cada ação.

Passo 3: Rever e confirmar

Para concluíres a operação, apenas tem de confirmar os dados:

XTB dashboard

Informação relevante a ter em conta:

  • Tipo de ordem: A XTB oferece “ordem de mercado” e “ordem Stop/Limite”. A nossa ordem é ao “preço de mercado”, ou seja, mal carregues em “CONFIRMAR”, vais comprar ao melhor preço existente no momento.
  • Número de ações: Como referido em cima, nós decidimos dar uma ordem de 0.50 ações;
  • Comissões: Nesta transação, não existe qualquer custo de transação, para além do spread.

Nota: Na versão web, não conseguimos modificar para o tipo de ordem para “ordem Stop/Limit”, mas recorrendo à aplicação para o telemóvel, esta opção já nos é visível. Por isso, se preferires este tipo de ordem, utiliza a aplicação da XTB:

XTB aplicação

Quais ações escolher para comprar?

Existem duas formas principais de analisar ações: a análise fundamental, que avalia a saúde financeira da empresa (lucros, receitas, dívida, concorrência, etc.), e a análise técnica, que estuda gráficos e padrões de preço para tentar prever movimentos futuros. 

Investidores de longo prazo tendem a usar a análise fundamental, enquanto os de curto prazo preferem a análise técnica.

Para tomar decisões informadas, deves procurar fontes fiáveis como relatórios financeiros oficiais, plataformas como Yahoo Finance ou Bloomberg, sites das corretoras, ou ainda relatórios de analistas.

Se estás a começar, uma “dica” é focares-te em empresas conhecidas, grandes e estáveis, com histórico sólido e presença no mercado (Coca-cola, McDonalds,...). Por norma, são menos voláteis e mais previsíveis. Acima de tudo, investe em negócios que compreendas e acompanha as notícias e tendências do setor.

Acompanhar e gerir os investimentos

Investir não é um ato único, mas um processo contínuo. Ao investires diretamente em ações, terás de acompanhar e gerir a tua carteira regularmente.

Rever a carteira periodicamente

Com o tempo, o mercado muda e a tua vida também. Por isso, é importante rever a tua carteira de investimentos de forma periódica (cada 6 ou 12 meses, por exemplo). Esta revisão permite:

  • Perceber se houveram mudanças estruturais nas empresas onde investiste, ou seja, perceber se a tua tese de investimento inicial se mantém:
  • Diminuir a posição numa empresa que teve uma valorização expressiva. O mesmo pode ser dito para aquelas ações que caíram, mas tu manténs a tua convicção nas mesmas.
  • Atualizar a estratégia, caso os teus objetivos financeiros tenham mudado

Evitar decisões baseadas na emoção

Os mercados sobem e descem, muitas vezes de forma imprevisível. Um dos maiores erros dos investidores é agir por impulso, seja por medo (vender em baixa) ou por ganância (comprar em alta).

Reinvestir lucros com dividendos

Se as ações que escolheste pagam dividendos, considera reinvestir esses valores em vez de os gastar imediatamente. O reinvestimento dos dividendos permite comprar mais ações e aumentar o teu capital ao longo do tempo, um efeito conhecido como juros compostos, que pode acelerar o crescimento dos teus investimentos.

Erros comuns de principiantes (e como evitá-los)

1. Investir sem entender o negócio

Erro: Comprar ações apenas porque alguém recomendou ou porque o preço está a subir.

Como evitar: Investe apenas em empresas cujo modelo de negócio compreendes. Se não consegues explicar, de forma simples, como é que a empresa ganha dinheiro, ainda não estás pronto para investir na mesma.

2. Focar apenas no preço, ignorando o valor

Erro: Assumir que uma ação barata é uma boa compra, sem avaliar a qualidade da empresa.

Como evitar: Aprende a analisar os fundamentais da empresa, lucros, dívida, crescimento, dividendos, setor, etc. O objetivo é comprar empresas com valor real superior ao preço de mercado.

3. Obcecar com o curto prazo

Erro: Entrar em pânico com quedas de curto prazo ou tentar prever os movimentos diários da bolsa.

Como evitar: Investe com um horizonte de longo prazo. Se escolheste uma boa empresa, as flutuações momentâneas não devem afetar a tua estratégia. 

4. Pouca ou demasiada diversificação

Erro: Concentrar todo o dinheiro numa só ação ou, pelo contrário, comprar muitas ações sem critério.

Como evitar: Mantém uma carteira equilibrada, com empresas de qualidade e alguma diversificação para reduzir o risco sem perder o foco.

5. Seguir modas e “dicas quentes”

Erro: Investir com base em tendências, fóruns ou redes sociais sem fazer uma análise própria.

Como evitar: Toma decisões com base em dados, não em euforia. O que é popular hoje pode estar sobrevalorizado ou desaparecer amanhã.

Impostos sobre ações

Os ganhos obtidos com a venda de ações (mais-valias) estão sujeitos a uma taxa liberatória de 28%. Esta taxa é aplicada aos lucros apurados entre o valor de compra e o valor de venda das ações, depois de deduzidas comissões e outros encargos.

Podes optar pelo englobamento desses rendimentos na tua declaração de IRS, o que pode ser vantajoso se tiveres um rendimento global baixo ou muitas deduções. Neste caso, os ganhos com ações passam a ser tributados de acordo com os escalões gerais do IRS.

Ações estrangeiras

Se vendeste ações de empresas estrangeiras através de uma corretora sediada fora de Portugal, deves declarar essas operações no Anexo J, mais especificamente no Quadro 9.2A, usando o código G01

Ações nacionais (e corretoras com sede em Portugal)

Para ações de empresas portuguesas ou ações estrangeiras negociadas através de corretoras com sede ou sucursal em Portugal, como a XTB, as vendas devem ser declaradas no Anexo G, no Quadro 9, também com o código G01.

Nota sobre a XTB: Como é uma corretora com sucursal em Portugal, os dados das tuas vendas são comunicados à Autoridade Tributária e já aparecem refletidos automaticamente no Anexo G. Ainda assim, é importante confirmar se estão corretos.

Para mais informações, informa-te junto do nosso artigo: “Como declarar investimentos no IRS em 2025?

Veredicto final

Investir em ações pode ser uma forma eficaz de fazer crescer o teu património ao longo do tempo, desde que o faças com conhecimento, disciplina e uma boa dose de paciência.

Lembra-te: investir não é um "jogo de sorte", mas uma estratégia de longo prazo. Estuda, acompanha os teus investimentos, evita decisões emocionais e aposta em empresas que realmente compreendes. Começa devagar, testa a tua tolerância ao risco e reforça gradualmente a tua carteira.

Não te esqueças também das tuas obrigações fiscais. Declara corretamente os teus investimentos, seja através do Anexo G ou J, conforme o tipo de corretora utilizada. 

Para continuares a evoluir no teu percurso de investidor, explora os recursos que temos disponíveis:

Autor
O Franklin é licenciado em Economia e mestre em Finanças. Concluiu o nível II do CFA e conta com cerca de três anos de experiência em gestão de patrimónios, como analista de carteiras e fundos de investimento na Golden Wealth Management. Criou o canal de YouTube "Edge Over Hedge" sobre literacia financeira. É o nosso Warren Buffett português – embora mais jovem.